Nova catalogação do acervo osteológico do Setor de
Antropologia Biológica do Museu Nacional/UFRJ: recuperando fragmentos da
história da Antropologia Física no Brasil
Flores, G.S.M. 1, 2; Ramos, C.A. 1.3; Okamura, A.B. 1, 3;
Rodrigues-Carvalho, C, 1.
1. Museu Nacional/UFRJ, Rio de Janeiro, Brasil; 2. Colégio
Pedro II; 3. Colégio Militar do Rio de Janeiro.
floresgabriela@ig.com.br
Com a reestruturação, a partir da década de 90, do Setor de
Antropologia Biológica do Departamento de Antropologia, Museu Nacional/UFRJ,
foi possível retomar as atividades de curadoria e pesquisa no acervo. O apoio
de diversas agências de fomento (CNPq, Faperj, Vitae) permitiu, ao longo deste
período, a aquisição de mobiliário e material para o adequado armazenamento das
coleções. Foram implementadas também estratégias de organização do acervo e
otimização das informações (criação de fichas de consulta rápida, digitalização
do livro de tombo, etc.). O acervo documental foi inventariado, catalogado e
disponibilizado ao grande público através de publicação recente. A partir deste
esforço inicial foi desenvolvido e encontra-se em andamento um projeto* para
elaboração de um novo catálogo do acervo osteológico onde serão atualizados os
registros das coleções e, principalmente, se buscará a recuperação de
informações sobre cada conjunto osteológico tombado no referido setor. Partimos
do pressuposto que parte significativa da história da Antropologia Física
desenvolvida no Museu Nacional pode ser investigada a partir da recuperação de
dados sobre a constituição das coleções e das pesquisas realizadas nestes
materiais. Dessa forma, parte das atividades de catalogação inclui a
identificação de “séries” osteológicas onde se agrupam materiais que
compartilham elementos em comum, como o mesmo doador, proveniência, filiação
cultural, etc. Tais séries não são excludentes e um mesmo material pode figurar
em mais de um agrupamento. Esta abordagem vem permitindo ampliar a recuperação
de informações sobre o acervo e estabelecer com maior precisão relações entre
materiais coletados em épocas distintas. Ao final deste trabalho, as
informações sumarizadas no novo catálogo, não apenas fornecerão subsídios
relevantes para organização de consultas ao acervo, mas atuarão também como
ponto de partida para novas investigações sobre a trajetória da Antropologia
Física no Museu Nacional. *Financiamento FAPERJ.
|